ARTISTA DE MIM

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

(in) volução?

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então que durante esses dois meses muitas, muitas coisas aconteceram e mudaram.

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o romantismo se transformou, não acabou, mas amadureceu. os dias de hoje não permitem mais ser como era...
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é indiscutível a violência, o pensamento que a humanidade não tem mais jeito. está na TV, no jornal, nas crônicas, do nosso lado.
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outro dia, lendo sobre o período medieval, onde se enforcavam civis em praça pública pela “sonegação” de impostos, me perguntei: estamos involuindo realmente? o homem rasgava um pernil suíno, cru, nos dentes, cortava gargantas com espadas, se servia de trabalho escravo, a igreja praticava a inquisição. tem uma coisa martelando minha mente: a violência sempre esteve junto com o homem.
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somos animais, esquecemos as vezes. olhando os meninos na sala de aula e principalmente fora dela, concluo que o homem ainda tem que digerir a evolução da violência (e de outros maus comportamentos). os pais que levavam as crianças para ver uma decapitação pública, talvez sejam hoje os que lhes oferecem a violência em jogos, que não lhes impõem limites. a violência se “civilizou” também, penso. ela evoluiu junto com seus meios. os carrascos são outros, as armas também. os motivos são torpes, sempre foram. o chicote saiu da mão do antigo algoz e está na mão do colega ao lado, sempre competindo com você, só que desmontado do cavalo.
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há, tem o assunto ecologia! estamos acabando com o nosso planeta... claro, somos bilhões a mais. temos, hoje, como acumular tudo, desde alimentos a dados. a minha bisavó só podia guardar carne se salgada, e por poucos dias, assim, não precisava mudar de lar toda vez que os recursos ao seu redor se esgotavam. seu marido não precisava de combustíveis fósseis para se deslocar para longe para buscar o que era preciso para alimentar os filhos, suprir o lar.
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que posso fazer???
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isso não é um texto de conformismo, mas de reflexão. não perco a indignação sobre nada de aspecto negativo colocado aqui, pelo contrário, sou educadora, mas acabou o romantismo. e por falar em reflexão, o objeto mais misterioso que conheço é o espelho.
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nunca fui muito Pollyana mesmo.
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a humanidade, ontem... hoje...
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Dani(ela).

Damasceno, José. Solilóquio , 1995 madeira e concreto 150 x 240 x 180 cm Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ Reprodução fotográfica Fernando Chaves.

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valeu por vir até aqui.
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