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que calor é esse? cadê as águas de março? o comecinho do outono? levei a mão na cabeça hoje e não acreditei que meus miolos não estavam cozinhando abaixo do couro cabeludo quase frito rss.
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dia de sexta, das 7:00 as 13:00, assisto a aulas de uma única disciplina. hoje, tomei um susto ao perceber que um ponto, um traço, uma linha ou o conjunto deles, falam e muito. é incrível como o gesto fica no papel, preso no traço do grafite. ninguém tem o traço igual ao do outro assim como a letra, a impressão digital ou o desenho.
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as linhas passam sensações. como? um traço ‘raivoso’, irregular, tremido é completamente diferente de outro delicado, sutil, regular. olhando um sentimos uma coisa, olhando o outro, outra diferente. se olho uma aglomeração desses traços juntos e delicados, posso até “sentir o macio” desses “pêlos” que meu cérebro assim associou.
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se podemos “sentir” o que simples traços de grafite são capazes de fazer, imagina ficar diante de uma grande obra como as do Pollock? - (linhas de tinta , camadas delas!). me disseram uma vez que é como se fossemos ser engolidos pelas enormes telas, que a retina não consegue desgrudar, fica a esmiuçar a obra toda.
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não ficaria nem um pouquinho triste de servir de alimento à arte.
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ai que bom ser artista de mim de novo! estou voltando, como prometi, de coração, corpo, alma, arte!
ah sim, aqui, Ed Harris arrasa como Pollock.
até logo :-)
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