ARTISTA DE MIM

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sexta-feira, 20 de julho de 2007

vamos "brincar" de índio?!

PARTE III (e última)

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chegando do banho de rio (água friiia! mas quem estava se importando?) terminamos a oficina com modelagem em massa. foi tão legal percebê-los descobrindo o tridimensionalidade! a massa se transformou em tanta coisa que eles não podiam ter... mas em coisas belas que tinham por lá também. já era tardinha quando fomos ao galpão arrumar as mochilas. pernoitaríamos numa escola em Caramuru para participarmos de um toré! imagina!
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bem, carregamos a bendita Van e seguimos. eis que na meio do caminho paramos num mecânico, pois a nossa “querida amada idolatrada Van salve salve” chegou até lá passando só até a terceira marcha, coitada (gente, a lei de Murph reinou, né?). Van na oficina, turma na praça. eu, com minha barriga sem fundo, ‘funguei’ logo um cheirinho ma-ra-vi-lho-so de acarajé vindo do outro lado. resultado, a turma toda fazendo fila pra comer. afinal, vila de descendente indígena não tem um cardápio tão variado assim!
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comemos e nos sentamos na praça para esperar a nossa ‘Van’dala ficar pronta. passado um tempo sinto uma coceira na garganta, o nariz começa a corizar, entupir. espirro sem descanso. já dentro da Van tenho uma crise de tosse terrível. chegando a Caramuru já estava com o rosto todo inchado. eu tinha que deixar a turma em pânico, né? acho que foi o camarão. que medo. achei que ia ter um fechamento de glote alí mesmo. se não fosse uns goles (é, não usei aquele copinho não!) do meu anti-alérgico, teria virado pó alí mesmo. vixe Maria!
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perdi o toré, pois tomei o remédio e fiz de tudo para ficar quieta e melhorar. e melhorei. mas preferia ter semi-morrido. ninguém, eu disse ninguém, conseguiu dormir com a quantidade de muriçoca (pernilongo pro resto do país) que tinha por lá. nos enrolamos que nem charuto em lençóis para podermos passar a noite. a turma toda ria para não chorar. se respirássemos com a cabeça pra fora, entrava mosquito pela narina. sério!
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no dia seguinte “acordamos” cedo e seguimos para visitar algo como um sítio dentro de uma caverna. encontramos altares de adoração e objetos indígenas deixados por lá. era um lugar para rituais sagrados. nos foi proibido tirar fotos.
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na caminhada de volta pra ‘Van’dala descansamos numa represa para beber água, e pelo calor, paramos todos dentro dela! uma folia só. índio nu na água e tudo! a água era escura e fria. foi nossa folia de despedida.
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voltamos para a escola onde estávamos alojados para recarregar a Van. a despedida foi com gostinho de quero mais. e sabe, ficou claro que nossa presença lá fez muito a diferença. estávamos indo embora felizes por isso.
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a volta foi mais descomplicada que a ida. sempre é, não é assim? e uns dois meses depois o trabalho desenvolvido por lá virou uma nota dez (u hu!) no histórico acadêmico. valeu a pena. tomei uma surra de convivência, sobrevivência, humildade. eles merecem todo nosso respeito.
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(eu e o "cacique" da comunidade. acabados depois de um dia todo de oficinas e trabalhos)
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"valeu a pena ê ê. valeu a pena!"
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inté!
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*1, que coiso esse blogger! deixa o povo comentar em paz, ôu!
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*2, Lana, minha frô!! feliz aniversário! meu "rapibrôsdei" mais uma vez! luz, se é que te cabe mais!

valeu por vir até aqui.
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